por Calebe Lee

Prefácio

Os capítulos vindouros se passarão em Lumi, um pedaço de terra gelada.

Inevitavelmente, as suas línguas, expressões e termos carregam peculiaridades que nem sempre se transpõem com precisão ou elegância ao vernáculo.

Todo objeto ou ideia que tenha uma aproximação equivalente em nossa língua será assim nomeado. A maioria dos trenós, por mais apetrechos ou ornamentos que lhes sejam acrescidos, continua sendo um trenó.

Outros conceitos, cuja tradução literal não possa beneficiar a sua compreensão, serão mantidos em sua forma original. A bem de exemplo, sielulintu, o pássaro-da-alma, é quem traz e leva a alma das pessoas em Lumi; ele é identificado pelo canto do primeiro pássaro que a mãe ouve após o nascimento da criança. Nesse caso, a ele referir-nos-emos primariamente por “sielulintu”, e não por “pássaro-da-alma”.

Tais termos serão seguidos, com a gentil anuência da leitora ou leitor, pela explicação de seu significado – se não imediatamente, quando melhor conveniente.

Advertimos: há um número de termos.

Os nomes dos lugares serão adaptados, onde possível e sensível. “Lähellärappako” pode soar mais exótico, evocativo e misterioso do que “a poça d’água ali”; contudo, preferimos confiar que toda familiaridade será bem-vinda nessas terras já tão estrangeiras.

As pessoas tiveram os seus nomes salvaguardados por pseudônimos ou equivalentes. Tal consideração não foi estendida aos que não são pessoas – porque eles geralmente não têm um único nome.
Todo o restante é de responsabilidade da própria estória.