Se foi a pena de Dom João VI que autorizou a impressão dos primeiros livros no Brasil, entregando-nos importantes edições em sua maioria perdidas, foi a teimosia dos livreiros nacionais que nos trouxe, muito antes, os primeiros volumes.
Chegavam-nos os primeiros livros pelas mãos dos contrabandistas, que viam o excesso de homens e ausência de livros deste lado do Atlântico como oportunidade. Pela iniciativa dos livreiros, que sonhavam com os cálculos favoráveis da prensa própria. Pela visão do fidalgo escudeiro, que sonhava com um florescimento cultural tão logo desautorizado pelos censores lisboetas.
Diz-se que, na empresa colonial, o desconhecimento das letras por parte dos nossos índios tornava desnecessário o prelo. Contra tal cálculo, agiam irreprimíveis editores.
Escritor, editor e financista, é editor da editora Rua do Sabão e responsável pelas finanças da casa. Paulista de 1983, é formado em jornalismo pela Universidade de São Paulo e fundador de outras editoras independentes.
Felipe Damorim é cineasta, escritor e tradutor, além de editor da Rua do Sabão, e responsável pela comunicação da casa. Nascido em Santo André em 1980, ele se formou em História na USP, e estudou audiovisual na Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André e na Academia Internacional de Cinema de São Paulo.
Designer, tecnólogo, empresário e financista, responsável pela área de marketing e design da editora Rua do Sabão. Bacharel em Teologia, pós-graduado em Gestão de Pessoas e Teologia, especialista em Tecnologia.
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