A Pequena Outubrista, de Linda Boström Knausgård, é o primeiro livro da premiada autora sueca publicado no Brasil. Entre 2013 e 2017, a autora foi internada coercitivamente numa enfermaria psiquiátrica, onde foi submetida a uma série de sessões de ECT (eletroconvulsoterapia), na qual descargas elétricas são utilizadas para desencadear algo parecido com uma convulsão epiléptica. É uma terapia corriqueira e considerada estabelecida no tratamento de vários distúrbios psíquicos, apesar de ainda não haver unanimidade entre os pesquisadores quanto a sua eficácia e seus efeitos colaterais. No caso da autora, as vivências e lembranças começaram a desaparecer já durante o tratamento que ela recebia na “fábrica”.
A Pequena Outubrista, terceiro romance de Linda Boström Knausgård, é não apenas um acerto de contas furioso com a psiquiatria, mas também uma esforço memorialístico desesperado e uma luta iníqua com portas que se fecham definitivamente, na qual a infância, a juventude, o casamento, a maternidade e o divórcio despontam como vislumbres e cujos personagens e lugares despontam sob clarões de relâmpagos. Um livro atormentado e totalmente desarmado, uma narrativa que ao fim e ao cabo apenas quer existir.
“Uma narrativa intensa e honesta.” — Berlingske
“Um livro violento e poético.” — Politiken
“Doloroso demais, concentrado demais em sua matéria para ser um grande romance.” — Weekendavise
Sobre a autora: Linda Boström Knausgård estreou como poeta em 1998. Seu primeiro romance, Helioskatastrofen (“Catástrofe a hélio”, 2013) conquistou o prêmio Mare Kandre. O segundo romance da autora, Välkommen till Amerika (“Bem-vinda à América”, 2016), foi indicado ao prêmio August (correspondente sueco do prêmio Jabuti) e traduzido para treze idiomas.